sábado, 31 de março de 2007

Beleza interior


Quem não sonha ser princesa, pelo menos por um dia? Ver os filmes da Disney e dizer "gostava de ser como ela"? Perguntar-se a si mesma se um dia também encontrará o seu principe encantado? E "viver feliz para sempre"? Todas pensamos isso na nossa inocência... E existem princesas de que gostamos mais... No meio de tantas, atrevo-me a eleger a Bela!

Talvez por se tornar prisioneira! Talvez por se apaixonar pelo interior e não pelo exterior! Por ver para além do Monstro! Por adorar ler! Por ser linda, doce, meiga, simpática e muitas outras qualidades! Sei que gosto mesmo muito dela, que em certos momentos gostava mesmo de ser como ela...

Porque aprendi que não importa o exterior, mas sim o interior das pessoas! Que não importa se são lindas ou feias ou "monstros" mas sim o coração e a alma das pessoas!! Que muitas pessoas são bonitas por fora e não valem nada por dentro, nada mesmo... Por isso temos que saber olhar o interior, procurar a verdadeira beleza de cada ser, de cada coração, de cada alma...



Sentimentos são
Fáceis de mudar
Mesmo entre quem
Não vê que alguém pode ser seu par
Basta um olhar que o outro não espera
Para assustar e até perturbar
Mesmo a Bela e a Fera
Sentimento assim sempre é uma surpresa
Quando ele vem nada o detém:
É uma chama acesa!
Sentimentos vêm
Para nos trazer
Novas sensações,
Doces emoções
E um novo prazer
E numa estação como a Primavera,
Sentimentos são
Como uma canção
Para a Bela e a Fera
Sentimentos são
Como uma canção
Para a Bela e a Fera

A música é linda!
**Ari**

sexta-feira, 30 de março de 2007

Come out come out wherever you are

Hoje seria impossível não falar disto... Para muitos não é grande filme, para outros é maravilhoso!
Eu pertenço aos outros e não está só ligado ao eu achar o Lestat irresistivel...
Está ligado à época em que vi este filme pela primeira vez, à mudança que a minha vida teve depois disso... Um pouco influenciada pelo tema e pela banda sonora talvez... Não sei... Sei que mudei, ou admiti aquilo que era... Pois, tal como li uma vez num site: "uma alma nasce gótica, descobre mais tarde que o é, e cabe a ela e só a ela decidir se se quer revelar ao mundo ou não"... Não sei se é mesmo assim ou não... Pessoalmente, sempre tive noção que era diferente e depois um conjuntos de factores e pessoas fez-me perceber a "razão" de o ser... Que me ajudaram a ser o que as pessoas vêem hoje quando me olham, muitas vezes de lado... Nem sempre é fácil mudarmos assim como eu mudei, sabendo que metade do mundo estará contra ti, outros tantos evitarão demonstrá-lo e poucos (mas bons) irão aceitar-te pois és como eles ou parecido em muitos aspectos...


Pertencemos a um grupo não só porque nascemos nele, não apenas por confessarmos pertencer a ele e, por último, não porque lhe prestamos nossa lealdade e fidelidade, mas principalmente porque vemos o mundo e certas coisas no mundo da maneira como ele vê


É baseada nesta afirmação que posso, talvez, dizer que sou gótica...

**Ari**

hoje estou muito "talvez" lol

quinta-feira, 29 de março de 2007

Aprendizagem

"A mãe e o pai tinham-me explicado como tudo acontece, logo no momento em que a barriga dela começara a crescer: o pequeno, invisível grão aí colocado pelo pai, o ovo a desenvolver-se dia a dia lá dentro, isso eu sabia. Lembro-me que um dia até achei graça ao ver mexer a barriga da mãe.

(...)

- Pois é, a gente só sabe dar valor quando nos toca a nós!
Eu não sabia bem o que quereria exactamente ela dizer com essas palavras, mas lá que havia coisas que ficavam muito diferentes quando saíam dos livros para a nossa vida, lá isso havia"


A minha mãe ofereceu-me este livro quando fiz oito anos, durante a grávidez. Achou que seria interessante eu lê-lo... Achei estúpido mas li, sem prestar grande atenção... Só para lhe fazer a vontade. Quando três meses depois a minha irmã nasceu, percebi a intenção dela... Pois eu estava a passar exactamente pelo mesmo que a Mariana, na história... Ciúmes, "ninguém me liga", "agora só querem saber do bébe... é bébe para aqui, bébe para ali..." A minha mãe passou-se comigo e começou a ler-me todos os dias um pouco do livro...

Acabei por me aperceber do que estava a fazer e tentei mudar... Claro que não é fácil.. Durante oito anos é-se a menina da família e de repente... Aparece algo com menos de meio metro que nos rouba o lugar, a atenção da mãe...

Mas tal como a Mariana percebi que se acontecesse alguma coisa à minha maninha ficaria mesmo mesmo muito triste... Aprendi que ela precisava de mais atenção que eu pois eu já era independente... Aprendi mesmo muito com este livro que tenho até hoje guardado para ler de vez em quando!

E agora não imagino um único dia da minha vida sem aquela chata ao meu lado nem que seja para discutirmos!


**Ari**

Amor de Pai/Filho


O primeiro filme que fui ver ao cinema foi "O Rei Leão" e só me lembro que chorei imenso quando o Mufasa morreu... Mas chorei mesmo mesmo muito, acho que nem tomei bastante atenção ao resto do filme porque fiquei tão triste... Até nos desenhos animados a vida é cruel... Como se pode tirar um pai a uma cria tão pequena? Que precisa de amor e carinho? Como?

Lembro-me que um dia, depois de ver o filme pela enésima vez, perguntei à minha mãe: "Mamã nunca vais morrer pois não?", infelizmente não me recordo da resposta, gostava mas não consigo, mas por vezes ainda penso nisso... Que os pais nunca deveriam ser levados, sentimo-nos tão desprotegidos sem eles...

Porque podemos amar muitas pessoas mas amar como se ama um pai, isso não... Jamais...

Amor de Pai/Filho é para sempre...



**Ari**

Impasse


Agora fiquei num impasse... Este blog era para ser um desabafo do que sentia em relação aos livros que já tinha lido, mas inconscientemente dei-lhe outro rumo... Uma revisão da minha infância, do meu passado... Talvez a minha biblioteca passe a ser isso, relembrar certos momentos vividos, ligados a músicas, livros ou até mesmo filmes.. Ou a nada em particular...

Agora só o futuro dirá como isto será...

**Ari**

quarta-feira, 28 de março de 2007

O Pequeno Dartacão

Parece que me vou basear na minha infância para continuar este blog...
Assim, estava eu a passar pela sala, quando olho por mero acaso para a TV e a minha querida irmã estava a ver nada mais nada menos que o Dartacão! Velhas memórias e velhos tempos... Que passaram e já não voltam, mas a canção do Dartacão ficou cá...

"Eram uma vez os três
Os famosos moscãoteiros
Do pequeno Dartacão
Tão bons companheiros

Os melhores amigos são
Os três moscãoteiros
Quando em aventuras vão
São sempre os primeiros

Quando eles vão combater
Já não há rival algum
O seu lema é um por todos
E todos por um

O amor de Julieta
É o Dartacão
E ela é a predileta
Do seu coração

Dartacão, Dartacão
Correndo grandes perigos
Dartacão, Dartacão
Perseguem os bandidos
Dartacão, Dartacão
E os três moscãoteiros longe
Vão chegar

Dartacão, Dartacão
És tu e os teus amigos
Dartacão, Dartacão
Em jogos divertidos
Dartacão, Dartacão
Vocês são moscãoteiros
A lutar"

Eu confesso, sei a música de cor... E às vezes começo a cantá-la!! Lol!

**Ari**

Acho que isto vai ser a biblioteca dos tesourinhos deprimentes! lol

O primeiro

O meu primeiro livro! O primeiro livro que li sozinha! Acho que nunca me vou esquecer da sensação. Foi uma vitória pessoal!! Ainda hoje quando olho para o livro sinto uma grande nostalgia, embora a sinta quando olho para qualquer dos livros da Anita, que acompanharam a minha infância...
Mas este livro em particular, ajudou-me de cada vez que mudava de casa... Recordava-me sempre deste excerto:

"-Atenção, vamos começar. A redacção de hoje é: CONTA A HISTÓRIA DE UMA MUDANÇA DE CASA. E, cuidado ninguém copia pelo parceiro do lado.
Querem saber o que escreveu a Anita? «Ontem múdamos de casa. Tive muita pena. Gostava muito de viver no meu bairro. Aqui é tudo diferente. Mas é bom mudar de hábitos e travar novos conhecimentos. Para mim, é uma nova vida que começa.»"

E foi assim que tentei, e ainda tento, encarar cada mudança, uma nova fase que começa e me torna uma pessoa melhor...

**Ari**

Uma pequena explicação


Um dia lembrei-me de começar a escrever o que sentia com cada livro que lia... Eram tantos os livros e ainda mais os sentimentos... É engraçado o que pensamos quando lemos determinada história, como nos identificamos com certa personagem, como admitimos ter momentos parecidos com os que lemos, a maneira como revemos alturas das nossas vidas nos livros... Ou como deixamos a imaginação voar, criar um mundo mais além, como rimos e choramos, só por uma simples frase... Tantas emoções enquanto se folheam algumas páginas...

Mas como na minha biblioteca não existem só livros (embora lhes tencione dar um lugar de maior destaque) também gosto de me exprimir em relação a certas músicas, que de um certo modo marcaram momentos ou épocas da minha vida...

Assim, decidi criar este blog para partilhar o que senti e ainda sinto...

**Ari**